quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

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Sou cheia de manias. Tenho carências insolúveis. Sou teimosa. Hipocondríaca. Raivosa, quando sinto-me atacada. Não como cebola. Só ando no banco da frente dos carros. Mas não imponho a minha pessoa a ninguém. Não imploro afeto. Não sou indiscreta nas minhas relações. Tenho poucos amigos, porque acho mais inteligente ser seletivo a respeito daqueles que você escolhe para contar os seus segredos. Então, se sou chata, não incomodo ninguém que não queira ser incomodado. Chateio só aqueles que não me acham uma chata, por isso me querem ao seu lado. Acho sim, que, às vezes, dou trabalho. Mas é como ter um Rolls Royce: se você não quiser ter que pagar o preço da manutenção, mude para um Passat.

domingo, 20 de fevereiro de 2011





O ímpeto de crescer e viver intensamente,
foi tão forte em mim, que não consegui resistir a ele.
Enfrentei meus sentimentos.
A vida não é racional! É louca e cheia de mágoa.
Mas não quero viver comigo mesma.
Quero paixão, prazer, barulho, bebedeira, e todo o mal.
Quero ouvir música rouca, ver rostos, roçar em corpos, beber um Benedictine ardente.
Quero conhecer pessoas perversas, ser íntima delas.
Quero morder a vida, e ser despedaçada por ela.
Eu estava esperando. Esta é a hora da expansão, do viver verdadeiro.
Todo o resto foi uma preparação.
A verdade é que sou inconstante, com estímulos sensuais em muitas direções.
Fiquei docemente adormecida por alguns séculos,
e entrei em erupção sem avisar.

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Ódio é o veneno que você toma, querendo que o outro morra.

Pratique o Desapego


Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final.
Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.
Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos.
Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos que já se acabaram.
As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas possam ir embora.
Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.
Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.
Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará.
Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.
Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.
Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira.

Autossabotagem

Você sempre arruma o mesmo tipo de namorado, ainda que o anterior tenha feito você sofrer? Acha que são seus chefes os culpados por você não parar por muito tempo em emprego algum? Cuidado: esses são alguns sinais de autossabotagem. Sem perceber, é muito provável que se comporte de maneira que só atraia pessoas com determinadas personalidades ou dê uma impressão distorcida sobre sua competência no trabalho.

Em Autossabotagem livro de Bernardo Stamateas desarma armadilhas da mente de quem se boicota

"As palavras podem ser carícias ou abraços na alma, como também golpes que nos machucam pouco a pouco. Desde o momento em que nascemos, todos precisamos ouvir palavras de afeto, palavras que nos estimulem, nos apoiem e nos digam quão importante somos para os outros. O problema de que nossa sociedade hoje padece é que nós não podemos pôr em palavras nossas emoções, e nossa espontaneidade está mais reprimida do que nunca"



O autor também dá conselhos a quem enfrenta problemas de autoestima: "Não me sabotar é ter confiança em mim, é poder ter intimidade, é ser livre das pessoas, é investir em mim, é querer superar a mim mesmo, é pensar triunfalmente, é sonhar, contar meus sonhos e correr atrás deles, é ter inteligência social e emocional, é dar-me permissão para vencer, é mostrar meu eu verdadeiro, é praticar hábitos de sucesso, é aprender a ser mais feliz."

Ao longo das 192 páginas, o leitor encontra também citações de personalidades exemplificando atitudes mais positivas. A Livraria da Folha selecionou algumas:

Goethe

"O escritor só começa o livro; quem o termina é sempre o leitor"

William James

"Se quiser ser feliz, aja como se já o fosse"

Simone de Beauvoir

"Uma pessoa não nasce gênio, torna-se um"

Sêneca

"Nenhum vento é bom para o barco que não sabe aonde vai"

Shakespeare

"Um homem que não se alimente de sonhos envelhece cedo"

Epicuro

"Não são os fatos, e sim o que pensamos sobre eles que nos pertuba"

Gilbert Chesterton

"Somos aquilo em que acreditamos"

Henry Ford

"O fracasso é uma grande oportunidade de começar outra vez, mais inteligentemente"

Bertrand Russell

"Para que repetir os erros antigos tendo tantos erros novos para cometer?"

Victor Hugo

"A ninguém faltam forças; o que falta a muitos é vontade"

Baltasar Gracián

"Não há mestre que não possa ser discípulo"

José Narosky

"É possível ser feliz sem talento, mas não sem paixão"

Kant

"Com as pedras que com duro intento os críticos lhe jogam, bem pode erigir-se um monumento"

Bíblia

"Come...goza a vida, pois é dom de Deus; e tudo o que fizermos dará certo hoje e amanhã"




Senti como se me afogasse e agarraria qualquer um que chegasse perto e o usaria como boia. Quero que os relacionamentos sejam flores na minha mesa em vez de ar para respirar.

Quando me aproximo de você

Quando me aproximo de você, quero que veja
Não é para nascer de você, é para me entregar.
Sei que você não pode me dar eu, não importa o que faça.
Tudo que sempre quis de você é você.
Sei que tem medo de cercas, sofre com prisões passadas.
Não sou a primeira a sentir isso e não serei a última.
O falcão em seu coração não se prende à terra com meus grilhões.
A menos que não tenha consciência de que pode voar.
Quando me aproximo de você, gostaria que soubesse
Não quero invadir seu espaço, quero tocá-lo e crescer.
Quando o seu e o meu espaço se encontrarem, cada um não é menos, é mais.
Nós tornamos nosso espaço o que não era antes.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Praticando a díficil arte do desapego.


Um aprendizado para a vida toda.

Quem quiser nascer tem que destruir um mundo


Destruir no sentido de romper com o passado e as tradições já mortas, de desvincular-se do meio excessivamente cômodo e seguro da infância para a conseqüente dolorosa busca da própria razão do existir: ser é ousar ser.